sábado, 25 de janeiro de 2014

Vamos começar com um assunto polémico: As Praxes!

Ainda me lembro quando entrei no ensino superior, aquela excitação e aquelo medo do que é que vinha daí. Lembro-me que toda a gente falava das praxes como se fosse algo de espectacular e dinâmico. 
Eu entrei na 2 fase e lembro-me que nesse dia fui logo apanhada para a praxe de grupo e ainda hoje me lembro dessa tarde com um sorriso nos lábios. O meu primeiro dia foi desnorteador. Percebi que os meus colegas já se conheciam, que as aulas já tinham começado vai pra duas semanas e que o fato de ser da 2ªfase não me trazia vantagens.. Saí de uma aula e lá estavam eles, os veteranos e superiores prontos a praxarem.. Desde as habituais pinturas as brincadeira, fizemos de tudo um pouco e terminamos a tarde a vender papel higiénico as folhas pela cidade, foi a praxe que mais gostei, foi aí que conheci os meus colegas e me senti pela primeira vez integrada.
Depois disso comecei a detestar as praxes, adorava as de curso, detestava as gerais. Todas a quartas lá marchavamos nós pela cidade com o colete refletor e fazíamos as palhaçadas do costume mas eu não gostava daquilo, aquele mimimi que as praxes serviam para nos integrarmos e conhecermos nada passava de uma valente treta. Nós não podiamos falar com os colegas nem olhar para o lado.. Nada! Conclusão: Eu não conheci ninguém nas praxes. Entretanto decidi que ia deixar de ir as praxes. Não estava para aquilo e achava desconfortável em pleno Dezembro andar pela cidade mais alta e fria de Portugal à noite toda cagada. Sim, porque todas as 4f's lá levavamos com a porcaria da papa pela cabeça, papa essa que só podiamos tirar com água FRIA pois que com quente ganhavamos direito à porcaria de um bolo no cucuruto. Eu sempre foi muito chata nestas coisas e revoltada porque não achava piadinha, até que chegou o dia em que até já respondia torto às provocações das praxes ou que nem lá aparecia.
Pronto, dá para ver a minha posição face as praxes. Há as divertidas e há a chatas - aquelas onde eles mostram que os seus alteres ego e que não servem para nada.
Apesar disto tudo fui Madrinha e a primeira coisa que disse ao meu afilhado foi: "Se não quiseres ir as praxes tens todo o meu apoio!" Ele quis ir, foi a opção dele. Nunca praxei.
Quanto ao assunto atual há uma coisa que eu ainda não entendi: Desde quando a comissão de praxe se praxa entre ela?

7 comentários:

  1. Olá Mimi, na Universidade Lusófona, a minha (já agora), existe praxe entre trajados. Por exemplo, eu, no segundo ano, sou pastrana mas posso ser praxada por doutores, veteranos ou representante de curso. Varia de universidade para universidade mas que há praxe entre nós, sim há. Desde quando? desde sempre.

    Beijinhos

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  2. As minhas praxes foram muito giras, fartei-me de cantar pelo meu curso, fiz jogos, pintaram-me a cara, andei a rebolar na relva e acima de tudo conheci pessoas que tiraram as minhas dúvidas todas.

    Mas bolas, foi UM dia bem passado, na brincadeira.

    Agora as praxes que lidaste e os alunos da lusófona passaram são uma verdadeira barbaridade. Andam a pagar propinas e têm rituais dignos da tribo mais recôndida da Amazónia!!

    Vou seguir o teu blog * :)

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  3. Eu sinto mais ou menos o mesmo que tu. Também entrei na 2ª fase e fui ao primeiro dia de praxe. Diverti-me, foi engraçado mas não voltei lá. Não entendo porque é que alguém é mais que eu só porque entrou na faculdade mais cedo e não gosto de receber ordens só porque alguém se acha superior. E exigiam respeito da parte de toda a gente mas o respeito não se exige.

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  4. Eu estudei no Porto e as minhas praxes foram sempre muito soft e engraçadas. Mas concordo que há faculdades que exageram, que humilham as pessoas, nesse caso sou contra a praxe.:(

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  5. Também entrei na segunda fase e identifico-me bastante com o teu relato. Eu acabei por ir a muito menos praxes que tu... aliás depois do primeiro dia em que tive 2h de joelhos a olhar para o chão sem falar com ninguém percebi que não era ali que ia conhecer alguém ou ser sociável!

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  6. Pois, eu entrei na 3ª fase, em Janeiro, na bela cidade da Guarda e detestei!! Tanto detestei que diz o 1º ano de curso e pedi imediatamente transferência para a minha cidade. Não sou nem nunca fui a favir das praxes até porque, do pouco que "assisti" não percebo como podem dizer que dá para conhecer "o pessoal" se nem sequer podíamos olhar para o lado...
    Respeito quem goste e alinhe, mas nunca foi o meu caso.
    Infelizmente, não acredito que o que se passou no Meco altere, seja o que for, nas praxes de algumas Universidades.

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  7. O teu último paragrafo tem disso a minha grandes dúvida nesta notícia que nos preenches os telejornais nestas semanas de Janeiro. Não entendo o que é que a malta da comissão de praxes andava a fazer naquele fim de semana. Juro que não entendo.

    Nota_ Vim a convite da Pink :)

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