Ainda me lembro quando entrei no ensino superior, aquela excitação e aquelo medo do que é que vinha daí. Lembro-me que toda a gente falava das praxes como se fosse algo de espectacular e dinâmico.
Eu entrei na 2 fase e lembro-me que nesse dia fui logo apanhada para a praxe de grupo e ainda hoje me lembro dessa tarde com um sorriso nos lábios. O meu primeiro dia foi desnorteador. Percebi que os meus colegas já se conheciam, que as aulas já tinham começado vai pra duas semanas e que o fato de ser da 2ªfase não me trazia vantagens.. Saí de uma aula e lá estavam eles, os veteranos e superiores prontos a praxarem.. Desde as habituais pinturas as brincadeira, fizemos de tudo um pouco e terminamos a tarde a vender papel higiénico as folhas pela cidade, foi a praxe que mais gostei, foi aí que conheci os meus colegas e me senti pela primeira vez integrada.
Depois disso comecei a detestar as praxes, adorava as de curso, detestava as gerais. Todas a quartas lá marchavamos nós pela cidade com o colete refletor e fazíamos as palhaçadas do costume mas eu não gostava daquilo, aquele mimimi que as praxes serviam para nos integrarmos e conhecermos nada passava de uma valente treta. Nós não podiamos falar com os colegas nem olhar para o lado.. Nada! Conclusão: Eu não conheci ninguém nas praxes. Entretanto decidi que ia deixar de ir as praxes. Não estava para aquilo e achava desconfortável em pleno Dezembro andar pela cidade mais alta e fria de Portugal à noite toda cagada. Sim, porque todas as 4f's lá levavamos com a porcaria da papa pela cabeça, papa essa que só podiamos tirar com água FRIA pois que com quente ganhavamos direito à porcaria de um bolo no cucuruto. Eu sempre foi muito chata nestas coisas e revoltada porque não achava piadinha, até que chegou o dia em que até já respondia torto às provocações das praxes ou que nem lá aparecia.
Pronto, dá para ver a minha posição face as praxes. Há as divertidas e há a chatas - aquelas onde eles mostram que os seus alteres ego e que não servem para nada.
Apesar disto tudo fui Madrinha e a primeira coisa que disse ao meu afilhado foi: "Se não quiseres ir as praxes tens todo o meu apoio!" Ele quis ir, foi a opção dele. Nunca praxei.
Quanto ao assunto atual há uma coisa que eu ainda não entendi: Desde quando a comissão de praxe se praxa entre ela?